Na hora de cantar todo mundo levanta os braços, dispara um
sorriso e fala em alto e bom som: “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e
todo mundo é meu também (...)”. Depois, sempre tem aquele amigo mais próximo
que não escuta esses discursos, e é obrigado a escutar os discursos de solidão,
e se não tem um amigo desse pra alugar os ouvidos, vai para um consultório
terapêutico, pra um psicólogo escutar você dizer que queria alguém pra
conversar, dormir de conxinha, assistir filme embaixo das cobertas, receber
mensagens, telefonemas, troca de amor, carinho e blábláblá. O que eu acho mais
engraçado de tudo isso é que as pessoas agem como não gostariam que as pessoas
agissem com elas. Em outras palavras, destroem o mundo e ainda culpam o mundo
de estar acabando. Mulheres sem mais nenhum pudor, conheceu, transou e tchau. E
se o cara não transa, é viado. E homens dizendo por aí que tem mulher (desculpe
as palavras) fazendo “cu doce”. Vai entender?
Hora são difíceis demais, outra são muito fáceis. E vice-versa. Isso também é
aplicável ao universo feminino, não estou defendendo a raça. As vezes fico
pensando como vai ser a geração dos meus netos, ou melhor, nem tão longe, dos
meus filhos? Hoje ainda beijam pra depois transar, acho que na próxima geração,
já vai se inverter. Se foi uma boa transa, aí sim, pode beijar e conhecer a pessoa.
Caso contrário não vale! Será? Questionável e deprimente.
Repetidamente eu falo que as pessoas estão acabando com o
mundo. Acabam com o que há de melhor: o amor, o carinho, a vontade, a verdade,
a saudade.
Questionável ou não, deprimente ou não, sei que não mudarei
o mundo com meia dúzias de palavras, mais essa é uma das coisas que me deixa
chocada, confesso. Beijos e até as próximas palavras.
Bruna.
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