“Natal é vida que nasce, natal é cristo que vem...” e a
gente sempre ouve essa e outras músicas no natal e não entende talvez o real
significado que isso pode ter em nossas vidas. Nesse Natal enquanto muitas
pessoas estavam desejam presentes, ceias, e afins, eu só estava desejando que o
meu pai nascesse outra vez, desejando exatamente o que traduz essa música.
A gente espera que todo Natal seja só mil alegrias, que seja
só festas, almoço em família, abraços e votos eternos de felicidades. É, eu
esperava também. Até que por volta das 18h do dia 24, nós já nos preparando para
a “grande comemoração”, tenho que colocar meu pai as pressas dentro do carro e
levar pro hospital. Muita gente nessa hora perguntaria: “Deus cadê você?”, e eu
só conseguir dizer “Deus muito obrigada por ESTAR aqui”. É incrível tudo isso.
É incrível que deu tempo de eu chegar no hospital antes do primeiro infarto e
antes da primeira parada respiratória. É isso aí, teve mais. Dois infartos, um
deles fulminante, e duas paradas respiratórias e o médico olhar pra gente e
dizer: “Não tenho boas notícias, ele está entubado e em coma, não sei se
conseguirá reagir”. Bom, poderia estar revoltada com Deus? Pra muitos sim, pra
nós, não. E aí a gente começa entender que nós temos um plano e o cara lá de
cima tem outro completamente diferente do que a gente imagina. Familiares
chegando, desespero tava quase tomando conta, coração aflito, e o “pior” de
tudo, estávamos de mãos atadas, total. Sem poder fazer absolutamente nada, e
saber que o meu pai estava lá, entre viver e morrer. Entre uma luta dele com
todos os aparelhos que o cercavam. Mas a reação dele foi extraordinária. O pai
tava querendo continuar aqui, do mesmo jeito que a gente intercedia a Deus.
Fizeram a cirurgia, de risco, porque o estado dele era gravíssimo, colocaram
duas molas no coração, e ele tava lá, brasileiramente falando, aguentando as
pontas. Venceu mais a cirurgia e o médico disse que de duas uma, ou ele
morreria ou ficaria com graves sequelas, do tipo, ficar vegetando. Hoje ele
acorda, pedindo água, pedindo para ir ao banheiro e movimentando todos os
músculos do corpo. Se é sorte? Não! Não é. É Deus. O médico dos médicos.
Não estou dizendo que a situação dele não é grave e que ele
está fora de perigo, porque não está. A situação é sim muito grave, ele está na
UTI, e precisa passar por mais procedimentos cirúrgicos, mas ele tem reagido
bem aos medicamentos e a aparelhagem.
Esse está sendo o meu natal. Noite do dia 24 para o dia 25,
sentada em frente ao hospital esperando uma resposta de que o meu pai estaria
nascendo de novo. E ele está, aos poucos, mas está. E enquanto houver 1% de
chance, teremos 99% de esperança.
Gostaría de agradecer imensamente à todos pelo apoio e
carinho e reforçar meu pedido de oração.
Desejo de coração, um Feliz e abençoado Natal, afinal, Natal
é vida que nasce, (...) é Cristo que vem!
Forte abraço, Bruna.